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San Francisco- Fernanda Millen

Fernanda Millen costuma brincar que sua relação com a música começou já na barriga da mãe, quando ela colocava Toquinho para escutar. Desde então a música é parte dela e de suas  lembranças mais preciosas. Está presente no brinquedo favorito da infância (seu primeiro Gradiente – um radinho com microfone que levava para todos os lugares), nos seus momentos alegres, chorados, sentidos e vividos.

Aos 13 anos, ao ser convidada por Sálua Chequer para cantar o hino nacional, pisou pela primeira vez em um palco para uma grande plateia. A partir dali, sabia que havia encontrado o seu lugar. Começou a cantar em bandas de amigos, realizou apresentações em teatros, barzinhos, mas, apesar disso, a música não era encarada como uma profissão.  Somente aos 22 dois anos, após cursar Direito na UFBa, resolveu criar coragem e viver exclusivamente de música.  Assinou contrato com uma banda de Axé e viajou pelo Brasil, cantando em carnavais e micaretas.
Entretanto, percebeu que aquela não era a sua verdade. Embora admire e respeite o estilo musical Axé Music, havia crescido escutando Chico Buarque, Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Toquinho, Elis Regina (essa inclusive sua maior influência enquanto cantora) e admirava o fato de eles passearem pelos mais diversos ritmos. Queria a amplitude que a Música Popular Brasileira proporcionava a esses artistas. Não queria o rótulo, queria a multiplicidade.

Em busca dessa realidade, entrou na Escola de Música da UFBa e, paralelo a isso, resolveu estudar para concurso público, para poder se capitalizar para investir no seu grande sonho: cantar a sua verdade. E não existe nada que lhe traduza melhor do que as suas próprias composições. Assim, em meio a um contexto de pandemia, surgiu o projeto MÚLTIPLA!

Múltipla sim!  “Acredito que todos temos versões de nós mesmos e um só ritmo ou uma só estética não nos definem. Somos plural e sentimentos variados. Somos agito e calmaria, tristeza e alegria. Mas, se isso tudo nos compõe, são traços de nós mesmos e, por isso, trazem, em si, um pouco da nossa essência”.  Desde que resolveu fazer esse movimento de retorno às suas composições, percebeu que sua realidade é Múltipla e que todas elas constituem a sua verdade. “Por isso, abro alas para compartilhar com vocês tudo isso que há dentro de mim!
Saudade é a segunda música que lanço. A primeira foi Mundo a Dois e vem muito mais por aí! Com fé em Deus!”