Tema: “DESAFIOS, JUSTIÇA E RECONHECIMENTO”
Mediação: Carlos Ujhama
Mestre Popular da Cultura Afro-soteropolitana, professor de dança e diretor artístico da Cia Contemporânea de Intervenção Urbana “Afrossá” (reconhecida como Expressão afirmativa da identidade negra da cidade de Salvador/BA, no ano de 2010). Fundador do IABACE – plataforma internacional afro-brasileira | Membro do Conselho Internacional de Dança CID/UNESCO – 2014.
Ana Estrela
Natural de Salvador de Bahia, inicou seus estudos da dança no ano de 1978 no Colegio Estadual Severino Vieira. Inicialmente na classe de dança moderna do professor Raimundo Bispo dos Santos (King), dança contemporanea com a professora Marlene Silva e jazz com. No ano de 1979 foi convidada por King a fazer parte do seu grupo de dança moderna Genesis. Em 1980 entra a fazer parte do grupo de danças folcloricas Balu. Continua a aprofundar seus conhecimentos atraves das Oficinas Nacionais de Danças Contemporaneas promovidas pela Escola de Dança da UFBA – Universidade Federal da Bahia com nomes come Hugo Rhoddas, Hainner e Klaus Wianna, Victor Navarro, Carlos de Moaris, Armando Pekeno, Augusto Omolu, Rosangela Silvestre, Tania Bispo, Carla Leite. Em 1986 se transfere na cidade do Rio de Janeiro como dançarina da Casa de Espetaculo Oba Oba Rio Samba, onde conhece a Sra. Mercedes Batista integrando o seu grupo por poucos meses. Retorna a Salvador e no 1989, a convite de Mestre King entra a fazer parte da Companhia Brasileira de Danças Populares como dançarina e em seguida como assistente de coerografia. Em seguida forma-se na apenas costituida Escola de Dança da Fundaçao Cultural,unitamente aos estudos de dança de blocos com a partecipaçao nas alas do Araketu, Male Debale, Muzenza, e coreografando a primeira ala do grupo feminino Didà na sua primeira partecipaçao no carnaval da Bahia ao lado do Mestre Neeguinho do samba. Em 1997 se transfere na Italia e inizia a promover a cultura afro-brasileira desenvolvendo seminarios de intercultura nas escolas di primeiro e segundo graus, em centros psquiatricos e associaçoes culturais e laboratorios de inclusao social para jovens e crianças a risco. Em 2008 funda a Associaçao Cultural Origens con intento de promover a cultura da diaspora nas mais varias froma; dança, percussao, canto, literatura, gastronomia. dentro da associaçao se desenvolvono varios projetos: “A vida è a arte do encontro”, projeto que preve o encontro das culturas em que trouxe na cidade de Bari 3 seminarios de Mestre King, seminarios entre Brasil e Cuba e a criaçao do gruppo Beira-Mar- Cantos, ritmos e danças afro-brasileiras com 50% brasileiros e 50% italianos estudantes da diaspora. O projeto “I nostri doni per la dignità” que recebeu donaçoes de esposos, comunhoes e ecc. que foram usadas na criaçao de 2 cooperativas femininas em Salvador : o Buffet Almeida Paim e o Artesanal. E o projeto Arrastao de Yemanjà-Bari, seguindo o movimento idealizzato da Kal dos Santos em Milao, reproduzimos na cidade de Bari da 10 anos com artistas da cultura brasileira e alunos seminario de percussao, seminario de dança, espetaculo e o desfile npor toda a orla barese em homenagem a Yemanjà.
Angelo dos Anjos Oliveira
Mais conhecido como “Capacete”, brasileiro, nascido dia 08/02/1983 no coração da Amazônia, na cidade de Manaus – Amazonas, descobriu o universo da capoeira 12 anos de idade. O Angelo “Capacete” é discípulo direto do Sr. Luiz Carlos de Matos Bonates, o grande Mestre Kk Bonates, uma das maiores referências de capoeira no Brasil e no mundo. Em sua carreira profissional, Angelo “Capacete” ministrou aulas no Brasil, Coreia do Sul, Tailândia, Jamaica, Alemanha, Islândia, Itália, Holanda, França, Finlândia, Bélgica, Suécia, Espanha, Inglaterra, Suíça, Cabo Verde, Jordânia, Rússia, Portugal, Japão, Estados Unidos e entre muitos outros países, tendo organizado, realizado e participado em inúmeros, encontros internacionais, workshops, oficinas, palestras, eventos e festivais culturais. Em 2006, Angelo chegou a Kingston, Jamaica e ajudou na difusão da capoeira, tendo sido um dos pioneiros na ilha do Caribe. Ele foi Diretor e Fundador da ONG nominada Capoeira Afalia, através da qual dedicou o seu tempo a um projeto anti-violência chamado “Capoeira for peace” (Capoeira para a Paz), financiado pela Embaixada do Brasil em Kingston e pela Organização de Estados americanos (OEA). Para além disso, Angelo colaborou no desenvolvimento de outros projetos sócio-culturais na Jamaica, juntamente com os seus colegas, ajudando a organizar eventos e atividades para divulgar a arte da Capoeira, dando sua contribuição e fazendo parte da história da Capoeira na Jamaica. Em 2009, o contramestre chegou na Catalunha (Barcelona-Espanha), tendo fundado no ano de 2010 a primeira filial da Escola Matumbé Capoeira na Europa. Atualmente, o contramestre Angelo “Capacete” é o diretor e coordenador da Escola Matumbé Capoeira em Roma e na europa, é presidente fundador da A.S.D. Ilê Odara (Centro di Cultura Brasiliana em Roma), onde desenvolve um trabalho sócio-cultural através da Capoeira Angola com muito profissionalismo, integridade e compromisso.
Kal dos Santos
Nasceu em Salvador, filho de Almiro Edelzuito, e a Yalorixà Valdemira Trindade Santos, Dona Vavà. Ator, percussionista e cantor, realiza concertos e performances , divulgando a cultura afrobrasileira na Europa. Em 1995 partecipa como percussionista da tournee de Mirian Makiba na Italia. Fundador da Associacao Cultural Mitoka Samba e idealizador do Arrastao de yemanja na cidade de Milao. Realiza seminarios, laboratorios de ritmos, canto e percussao afrobrasileira e colabora em diversos projetos educativos e cultural nas escolas.
Marcia Regina Santos De Santana
Baiana de Salvador, ex-bailarina e professora de dança afro-brasileira, estudou na Universidade do Estado da Bahia e na FUNCEB (Fundação Cultural do Estado da Bahia) onde se especializou em dança clássica, moderna e contemporânea. Intérprete e coreógrafa assistente para grupos como a CIA. da Danza do Olodum, chegou à Itália em 1999 depois de ter participado de uma produção de espetáculos para um grande evento no Egito “O primeiro carnaval no deserto”. Na Itália colocou em prática suas experiências como dançarina colaborando com diversos grupos folclóricos brasileiros em Roma e apresentou seus trabalhos em turnês internacionais participando de diversos festivais, programas de televisão e eventos públicos, dedicando-se então ao ensino da dança dos Orixás, mesclando harmoniosamente as técnicas acadêmicas e tradicionais aprendidas no culto do Candomblé.
MÃE MENINAZINHA DE OXUM IYALORIXÁ
Conselheira da Rede Nacional de Religiões Afro Brasileiras e Saúde – RENAFRO. Artista Plástica. Fundadora do Museu Memorial Iyá Davina, em São João de Meriti (RJ). Caçula de 15 filhos, Mãe Meninazinha de Oxum, 83 anos, é neta e herdeira de Iyá Davina (Davina Pereira), que tem raízes na alta linhagem do candomblé da Bahia. A simpática e poderosa religiosa, uma das mais celebradas do Estado do Rio, comanda o terreiro Ilê Omolu Oxum, aberto em Nova Iguaçu, em 1968, e cinco anos depois transferido para São de João de Meriti, onde funciona até hoje.
Projetos socioculturais: Escritora com grande experiência em cultura afro-brasileira. Atuou em vários projetos culturais e de promoção da saúde. Foi conselheira do Projeto ODÔ-YÁ: campanha de promoção da saúde nos terreiros de umbanda e candomblé no Estado do Rio de Janeiro, realizado pelo Instituto de Estudos da Religião (ISER). atuando como expositora em vários eventos com o tema Tradição Religiosa Afro-Brasileira e Práticas de Cuidados em Saúde. Por sua atuação no campo da tradição religiosa afro-brasileira e direitos humanos recebeu a Medalha Tiradentes na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, lançou seu livro biográfico com apoio da Petrobrás, História de uma Meninazinha, O Legado Ancestral. Com vida dedicada a preservar os ritos do candomblé e acolher religiosamente a comunidade local, a Iyalorixá já iniciou mais de 250 filhos-de-santo no terreiro. “Somos muito unidos”, frisa a mãe de santo, batizada Maria do Nascimento.