Tema: “Resistencia e ancestralidade dos autores”
Mediadora: LUANA REIS / EUA – Estudante de doutorado em literatura na Universidade de Pittsburgh, poeta
e professora de português.– é baiana de Feira de Santana, a Princesa do Sertão. É filha da poeta e narradora oral Analice Reis. Estudou Letras (Inglês e Português) na Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS). Obteve seu mestrado em Língua e Cultura na Universidade Federal da Bahia (UFBA). Atualmente, faz doutorado em literatura na Universidade de Pittsburgh, onde ensina português e pesquisa Literatura Negra Feminina Contemporânea e Quilombismo. Foi bolsista Fulbright (Foreign Language Teaching Assistant – FLTA). Recebeu o prêmio de excelência no ensino de português nos Estados Unidos da Organização Americana de Professores de Português (AOTP) em 2017. Em 2018, recebeu o prêmio AOTP na categoria “publicação acadêmica”, com o artigo “Empoderamento feminino no contexto de ensino de português língua estrangeira”. É fundadora do coletivo de poesia ADDverse+Poesia, um grupo transnacional para celebrar as vozes de escritoras negras /indígenas /LGBTQIA+ e para desenvolver projetos artísticos, culturais e intelectuais de forma colaborativa. É uma das articuladoras do Mulherio das Letras – EUA e faz parte da coordenação do Kilomba Collective, coletivo de mulheres negras brasileiras nos EUA. Publicou o poema “O que mais há” na coletânea “Carolinas” organizada pela Flup e outros poemas na coletânea “Identidades” organizada pela editora Venas Abiertas.
CONCEIÇÃO EVARISTO / BRASIL – Romancista, contista e poeta
Estuda na Universidade Federal do Rio de Janeiro e forma-se em Letras. Ingressa no mestrado em Literatura Brasileira da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC/RJ) onde defende, em 1996, a dissertação Literatura Negra: uma poética da nossa afro-brasilidade. Defende a tese de doutoramento Poemas Malungos – Cânticos Irmãos, em 2011, na Universidade Federal Fluminense (UFF). Atualmente, Conceição leciona na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) como professora visitante. Nascida em Belo Horizonte, Minas Gerais, 1946, em uma comunidade no alto da Avenida Afonso Pena. Trabalha como empregada doméstica até 1971, quando conclui os estudos secundários no Instituto de Educação de Minas Gerais. Muda-se para o Rio de Janeiro em 1973, ocasião em que é aprovada para o magistério. Tem participação em revistas e publicações, nacionais e internacionais, que tem por tema a afrobrasilidade. Tal engajamento inicia-se na década de 1980, por meio do Grupo Quilombhoje, responsável pela estreia literária de Conceição em, 1990, com obras publicadas na série Cadernos Negros. Suas obras, poesia e prosa, especialmente o romance Ponciá Vicêncio (2003), abordam temas como a discriminação de raça, gênero e classe.
ISABEL CINTRA / SUÉCIA – Escritora
Paulista de São Joaquim da Barra – SP, Isabel Cintra é escritora e aposta na importância da representatividade/diversidade estar presente em sua escrita. Entre suas obras destaca-se “Corvo-Correio”(Mazza Edições -Brasil e Acácias Editora – Angola) que esteve entre os premiados do Prêmio Off Flip de Literatura 2017 (Paraty – RJ), categoria infantojuvenil e “A Princesa e o Espelho”(Girabrasil Editora), lançado em língua portuguesa e alemã durante a Feira do Livro Internacional de Frankfurt 2019 e em ingles pela Underline Publishing, incluindo “The little great tailor”.
ELIZANDRA SOUZA / BRASIL – Escritora e ativista
A poetisa é autora do livro Águas da Cabaça, totalmente produzido, editado e publicado por jovens mulheres negras, lançado em outubro de 2012. É também coautora do livro de poesias Punga, com Akins Kintê, (2007), e tem participação em revistas e antologias literárias como: Literatura Marginal – Ato 3, Cadernos Negros, Negrafias. Nascida em 1983 na periferia de São Paulo, cresceu em Nova Soure, pequena cidade da Bahia, terra natal de seus pais. Criadora do Mjiba, fanzine de poesia, que circulou entre 2001 e 2005, a autora começou a frequentar os Saraus da Cooperifa em 2004. Posteriormente, participou do jornal experimental Becos e Vielas com o objetivo de dar voz e visibilidade à cultura periférica. No ano de 2006, ingressou no curso de jornalismo e, a partir deste momento, recebeu convite da organização Ação Educativa para escrever a Agenda Cultural da Periferia. Deu início ao seu processo de escrita através de diários pessoais até surgir, em 2001, o Coletivo Mjiba em Ação, espaço políticocultural em que descobriu a sua identidade afro-brasileira e do qual é uma das lideranças. Mjiba também faz referência à palavra da língua Chona, do Zimbabué, e carrega como significado a ideia de jovens mulheres revolucionárias, muitas delas guerrilheiras combatentes da guerra de libertação colonial.
CLÁUDIA ALMEIDA / EUA – Poetisa, escritora, advogada
Negra Luz é Cláudia Ferreira da Silva Almeida. Mulher, poeta negra, baiana, nascida em Salvador, no dia 03 de Março de 1975. É contadora e advogada, Mestre em Direito Governança e Políticas Públicas pela UNIFACSLaureate. Possui poemas em coletâneas: Concurso Nacional Novos Poetas 2018, Poésis 2019, Antologia Poética – Edição Primavera 2018, Antologia Poesia de Natal, Palavras de Mulher- Poesias 2019, em blogs, em revistas, como A Ilha e Artpoesia. É membro da é membro da AILB-Academia Internacional de Literatura Brasileira, da Academia Inclusiva de Autores Brasilienses, da Academia Internacional Mulheres nas Letras, do Nucleo Accademico Italiano de Scienze Lettere e Arti, do Movimento Exploesia, do Coletivo Mulheres Artistas, do Coletivo Mulheres Poetas de Niterói, da CAPPAZConfraria dos Poetas pela PAZ, do Clube dos Poetas-BA e do Clube de Leitura Kasa de Alice. Criou para o período da pandemia (2020) o encontro poético Sextando com Poesia. Publicações mais recentes em coletâneas são: Mulherio das Letras Portugal e na Tabuleiro da Poesia. Seu primeiro livro solo de poesia, O Voo, foi publicado pela editora Autografia, no qual descreve a própria trajetória poética, que também poderá ser da pessoa que lê. Também lançou, em 2020, o livro digital de micro contos e poesia: Dez Contos do meu confinamento pela Artpoesia, no qual compartilha vivências do período de confinamento decorrente da Pandemia-COVID.
TEREZINHA MALAQUIAS / ALEMANHA – Artista visual, escritora e performer e escultora
Autora de seis livros, entre eles: Teodoro (2019), português-inglês. Menina Coco (2018), português-alemão. Modelo Vivo (2005). Em 2017 foi a performer e produtora executiva do filme curta metragem, Na Pose, sobre sua trajetória como modelo vivo. Tem um canal no youtube com seu nome (Tere Malaquias), para suas performances e poemas. Participou de antologias na Alemanha, Brasil, Estados Unidos e Portugal. Criou e apresenta aos domingos no seu Instragram @terezinhamalaquias, a live Café da Manhã / Frühstück.Tem uma série no seu canal do Youtube, o projeto Brasileirxs Estrangeirxs como Eu. É uma das artistas selecionadas pela www.lonagaleria.com com o vídeo Verzeihung/Perdão, que foi exibido no mês de agosto/2020 em São Paulo-SP.
MEL ADUN / EUA – Escritora, jornalista, fotógrafa e especialista em roteiro para TV e vídeo, Estudante de Doutorado na Universidade de Kentucky, USA.
Was made in Brasil, mas sua mãe é obrigada a fugir do país no sétimo mês de gestação quando sua família fugia da ditadura militar no Brasil – nasce em Washington DC. Desde a infância esteve envolvida em articulações que tinham a arte e a cultura como meta e caminho. Sempre habitou espaços do sensível e do supostamente inatingível. Voltando ao Brasil em 1984, traz em sua bagagem de infância a atitude do Movimento Black Power. Regressa aos Estados Unidos em 1998 a fim de prosseguir nos estudos e retorna à sua Bahia em 2001. Em 2010, dá à luz a sua obra prima, materializada em forma de menina,sua filha Ominirê, com o também poeta e escritor Guellwaar Adún, fundador e editor da Editora Ogum’s Toques Negros,sediada na capital baiana. Mel é fundadora e idealizadora do primeiro programa a tratar da questão de raça e gênero, o webtv Tobossis Virando a Mesa – feito por e para mulheres negras. No campo das Letras e da crítica, cursou mestrado em Literatura na Universidade Federal da Bahia. A autora publicou regularmente contos e poemas por mais de 10 anos na série Cadernos Negros, tendo participado ainda de outras edições coletivas e antologias dentro e fora do país, como na antologia Quilombo (2021) publicado na Argentina organizado pela crítica Lúcia Tennina.