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Japão – Painel Arte & Cultura – MPB no Japão

Coordenadora: Sueli Gushi

Natural de São Paulo, desde criança gostava de cantar, mas nunca teve oportunidade de estudar música ou canto, mesmo porque, de família nikkey, ter uma filha cantando na noite seria inconcebível para seu pai, apesar de todos já comentarem sobre sua voz e afinação.  Em 1993 veio para o Japão trabalhar em fábrica.

Acabou fazendo amizade com pessoas ligadas à música em Tokyo, e acabou criando coragem de fazer seu primeiro evento cantando no seu aniversário de 47 anos, e nunca mais parou, procurando se aperfeiçoar com o tempo, criando um trabalho próprio com música de raiz brasileira, com um repertório variado incluindo samba, forró, frevo, Pop, choro, boi bumba, carimbó, sertanejo raiz e outros ritmos populares brasileiros.  Hoje inclusive, já tem composições próprias. Prêmio PressAward como divulgadora cultural 2013, melhor grupo musical (Duo Sabiá e Banda) 2018 e cantora 2020.  Preparando lançamento de algumas de suas gravações nos  próximos dias.

Wilma de Oliveira

Talvez a cantora brasileira que atuou no Japão, mais conhecida pelos japoneses.Com 50 anos de carreira, Wilma começou a cantar ainda adolescente em São Paulo, tendo morado durante algum tempo no México cantando e posteriormente foi contratada pelo Sr, Ono, pai de Lisa Ono, para cantar no Saci Pererê, casa mais antiga de musica brasileira em Tokyo, onde chegou em 21 de junho de 1986. No Japão gravou 7 Cds e mais participações em gravações de vários outros artistas. Muito procurada por cantoras japonesas que queriam cantar Bossa Nova, em 1999 criou um método para ensinar japoneses a cantar com a pronúncia correta do português, método esse publicado em 3 livros comercializado pelo Japão. Após o falecimento de seu esposo ( japonês), resolveu voltar definitivamente para o Brasil ( onde tem filhos e netos) em 3 de junho de 2018, mas ainda dá aula para seus alunos japoneses via internet.

Sabrina Hellsh

Ainda criança começou a se interessar por música. Aos 19 anos fez treinamento vocal com a renomada Cida Moreira. 2 anos depois resolveu se aventurar no Japão, querendo conhecer parte de suas raizes. Foi morar em Hamamatsu, maior  população brasileira em uma cidade no Japão, onde conheceu o pianista Natanael de Alencar, com quem começou a se apresentar nos bares e restaurantes. Após alguns anos, decidiu se aventurar em Tokyo, trabalhando em um restaurante brasileiro.  Conheceu então o musico Arthur Vital com quem formou uma dupla e gravou o album ” A Rosa e o Girassol”. Cerca de um ano depois, a dupla se desfez e Sabrina  partiu sozinha para uma turnê pelo Japão, tocando e pesquisando sobre musicas japonesas de vários locais de norte a sul, o que resultou no album ” Sabrina Hellsh On The Road” (Prêmio melhor disco Press Award Japão 2013). Nessa turnê conheceu Takuma Sasaki, violonista com quem viajou 2 anos pelo Brasil, conhecendo comunidades alternativas e desenvolvendo um trabalho juntos e também juntos retornaram ao Japão e juntos formaram uma familia, hoje com o filho Marko.  O casal fez nova turnê pelo Japão à convite do produtor Massami Yashio, mesmo com o bebê, agregando novas musicas ao repertorio, o que gerou o ” Tres na Estrada”.

Projeto Música sem Fronteiras

O Projeto Música sem Fronteiras foi criado em 2016, tendo como fundador o professor de violino Rafael Kinoshita, atuante na comunidade brasileira há 13 anos. Antes do Projeto, o professor ensinava e participava de uma orquestra japonesa, passando a um projeto de música na igreja que frequentava. Em 2008, na crise da bolha econômica que resultou o corte de muitos trabalhadores estrangeiros no Japão, participou de um mini documentário na televisão japonesa que rendeu a doação de muitos instrumentos para que os alunos continuassem as aulas. Alguns desses instrumentos ainda são utilizados pelo Projeto .Em 2016, conseguiu abrir o Projeto nas escolas brasileiras. Hoje, atendemos em cinco instituições brasileiras e em três províncias, totalizando cerca de 150 alunos de musicalização infantil, violino e violão. O Projeto ganhou um reforço com a chegada do professor Cristiano Petagna em 2017, formado em violão erudito pela UNESP e que soma mais de 25 anos de experiência em docência. As aulas de música proporcionam também o intercâmbio com a comunidade japonesa. Nossos alunos já fizeram mais de 20 apresentações, algumas ao lado de músicos profissionais brasileiros e japoneses.  O grupo ganhou o Premio Press Award  Ação social / Comunitária 2020.

Cris Maisatto

Chegou no Japão no ano de 1999, na cidade de Osaka,onde começou seu trabalho profissional com a música,se apresentando em diversos eventos culturais, corporativos,hoteis, restaurantes e escolas na região de Kansai.  Em 2001, conheceu o produtor japonês Susumu Asakura, que a apresentou a vários músicos do Jazz.  Acompanhada do seu Marido Edison Maisatto, que toca o violão, participaram do programa especial em homenagem a Charlie Chaplin, cantando alguns clássicos da bossa Nova e MPB na TV Japonesa de Nada City Participou do programa nacional 24 hours television, tipo criança esperança para ajudar as crianças do mundo. Fez algumas participações e composição em parceria com músicos japoneses.  Reza, de Cris e o produtor Tetsuro Aratama foi um dos destaques do cd de mesmo nome. Em 2015 lançou, seu primeiro cd para o mercado Japonês, de título Falando de Amor, com alguns clássicos de António Carlos Jobim, arranjos do pianista Francês GIlles  Gambus, da famosa Orquestra de Paul Mouriat e o Mestre de grandes escolas de samba de S Paulo, Guma Sena, com arranjos de percussão. Participou do evento comemorativo  de 60 anos de Bossa Nova durante a Premiação do Press Award em 2018. Atualmente passando uma temporada no Brasil, se apresentou no Jazz Bossa Nova Fest ao lado do Violonista Bruno Conde, realizada na Pinacoteca Benedicto Calixto em Santos.